Você sabe o que é
um cais? Já viu algum em estado de abandono e esquecimento?
Cais são lugares para
embarque e desembarque de mercadorias e pessoas, geralmente à beira-mar ou em
margens de rios.
Em Amsterdã, na Holanda, o
cais que ficava na área “Ceuvel Volharding”
estava abandonado e destruído, servindo apenas para o acúmulo de lixo. Até que
um grupo de arquitetos (muito espertos) tomou uma decisão: por meio de uma
estratégia simples e barata, transformou o local em um espaço cultural.
O espaço cultural conta com 17 ateliês de
empreendedores e o “Cuevel Café”, local de lazer com comida barata e com
apresentações artísticas.
O que vocês acham de importarmos
essa ideia?
Confiram
a matéria do site Hypeness:
"Como Amsterdã transformou um cais poluído em um espaço de arte, cultura e criatividade"
Talvez um dos maiores desafios da nossa geração seja transformar
“lixo” em “luxo”, e esse é um caso super bem sucedido. Antigamente, a área ‘Ceuvel Volharding’ abrigava um
cais para embarcações. O espaço foi ficando abandonado com o tempo, se tornando
um canto poluído e esquecido no norte de Amsterdã. Depois de uma competição
criada pela cidade, os arquitetos daspace&matter e Marjolein Smeele,
junto com um time de especialistas da Delva Landscape Architects, criou um
projeto inovador nas áreas de urbanismo, arquitetura e sustentabilidade. Eles propuseram usar a reciclagem e a manutenção da
vegetação da região como principais estratégias para “consertar” a área,
evitando os custosos e complexos processos de despoluição disponíveis hoje.
Usando estratégias simples, como a utilização de antigas houseboats (as famosas
casas-barco) e limpeza do solo através da vegetação, esse antigo cais se tornou
o De Ceuvel - um
experimento inovador de sustentabilidade.
O primeiro passo para a criação do espaço, foi solucionar o
problema da poluição do solo e da água, causadas pelo antigo porto. Eles usaram
técnicas de fitorremediação, que consiste no uso de plantas para
remover, imobilizar ou tornar inofensivos ao ecossistema contaminantes
orgânicos e inorgânicos presentes no solo e na água. Estima-se que dentro
de 10 anos, a
poluição terá sido revertida com essa técnica e o espaço
poderá ser devolvido para a prefeitura de Amsterdã.
Antigas houseboats foram transformadas em 17
ateliês para empreendedores criativos. Os barcos foram
equipados com um sistema de aquecimento sustentável, telhados
verdes e células fotovoltáicas. A água utilizada é purificada
com filtros orgânicos e os nutrientes da água que seria descartada são
reutilizados. Os resíduos orgânicos dos banheiros
também são convertidos em energia, sendo desnecessária fazer
uma ligação com o sistema de esgoto da cidade.
O Ceuvel Café, criado com ajuda de
crowdfunding, é uma das atrações do local que abriu no verão de 2014. É um
espaço de comida boa com preço justo, teatro,
exposições de arte, música ao vivo e cinema. Lá também
acontecem palestras, workshops e degustações. No futuro, a ideia é que eles
também vendam vegetais orgânicos produzidos nas redondezas.
Essa é a prova de que espaços urbanos podem ser reapropriados e
repensados para servir a população. E que bom seria se iniciativas como esta
não inspirassem somente os países europeus vizinhos, mas que chegassem a este
lado do Oceano. Em uma cidade como São Paulo, onde a poluição é um
problema sério, o valor dessa ideia é incalculável. Para o ambiente e para
todos os que nele habitam. Vamos nos inspirar?
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