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Iniciativas que reaproveitam espaços nas cidades

11 de novembro de 2014

Vagão abandonado ganha grafite e vira Centro Cultural em Teresina

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Esta é para quem gosta de espaços culturais diferentes: um vagão revitalizado se torna mais uma opção de lazer e cultura para os moradores e visitantes da cidade de Teresina, no Piauí.


Quer saber mais? Dê uma olhadinha na reportagem abaixo.



Vagão abandonado ganha grafite e vira Centro Cultural em Teresina



Local ganhou computadores e móveis e agora oferece cursos gratuitos.
Projeto ainda pretende contemplar área de lazer no entorno do vagão.


Vagão transformou-se em espaço para atividades culturais (Foto: Juliana Barros/G1)
Um vagão abandonado recebeu as cores do grafite e se transformou em um espaço para receber atividades culturais em Teresina. Localizado na Avenida Marechal Castelo Branco, bairro Ilhotas, Zona Sul da capital, o Centro Cultural foi inaugurado há um mês e oferece cursos de informática, além de disponibilizar livre acesso à internet. No local ainda funciona uma rádio comunitária.

A mudança no local começou após a iniciativa de Gil Ferreira, mais conhecido como Gil BV, e durou cerca de quatro anos para ficar pronto. “Tive a ideia em 2010 junto com alguns colegas, após observar que o vagão poderia ser usado de alguma forma. Nessa época, ele já estava abandonado há mais de 15 anos. Fizemos uma parceria com a prefeitura e o governo do estado para transformá-lo em um centro. Começamos a reforma ainda mesmo em 2010, mas como não tínhamos muita condição as melhorias foram feitas aos poucos”, explicou.

Somente em 2014 com o apoio da Agência de Tecnologia da Informação (ATI‍), da Casa Hip Hop e de vários outros parceiros a reforma foi finalizada e agora o vagão ficou pronto. “A reforma seguiu a passos lentos, porque tínhamos que buscar apoio e depender da vontade de pessoas e ainda do desenrolar de projetos. A situação aqui não era muito boa, tinha muita ferrugem,

A ideia inicial era transformar o vagão em um local para realização de cursos ligados a área da informática e do grafite, mas hoje, com a ajuda dos parceiros, a oferta de atividades é muito mais ampla. "O nosso planejamento anterior era conseguir alguns computadores reciclados para oferecer cursos de operação e manutenção no local, além do grafite, que são curso já do nosso conhecimento”, disse.

Hoje o vagão conta com 11 computadores, uma televisão e ainda uma rádio comunitária toda montada. No começo de novembro o local passa a oferecer dois cursos de informática e à tarde o espaço é aberto para a comunidade ter livre acesso à internet.

"Estamos com computadores de primeira linha, rampas de acesso para as pessoas com deficiência, bebedouro e tudo grátis com o objetivo de atrair e ser uma oportunidade para a comunidade. Agora no começo de novembro vamos dar início aos nossos primeiros curso em parceria com o Programa Senac de Gratuidade”, destacou.

A área em torno do vagão também vai ser modificada, de acordo com Gil BV. A ideia é colocar um palco para atrações, plantar árvores, colocar banheiros químicos, além de oferecer aulas de capoeira, futebol, judô e várias outras atividades para as crianças da comunidade.

O local funciona também como sede da Central Única das Favelas (CUFA) que em conjunto com outros parceiros realiza atividades por toda a capital. "O nosso objetivo é sempre reunir, agregar, oferecer uma possibilidade, oportunidade para as comunidades, principalmente essa que tem poucas ações. Aqui é considerado um local muito perigoso e na tentativa de oferecer uma mudança estamos com atividades de interesse e que já coloca o aluno no mercado de trabalho. Estamos sempre abertos para novas ideias e novas contribuições, pois somos também os responsáveis", disse Gil BV.

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