Esta é para
quem gosta de espaços culturais diferentes: um vagão revitalizado se torna mais
uma opção de lazer e cultura para os moradores e visitantes da cidade de
Teresina, no Piauí.
Quer saber
mais? Dê uma olhadinha na reportagem abaixo.
Vagão abandonado ganha grafite e vira Centro Cultural em Teresina
Local ganhou computadores e móveis e agora oferece cursos gratuitos.
Projeto ainda pretende contemplar área de lazer no entorno do vagão.
Vagão transformou-se em espaço para atividades culturais (Foto: Juliana Barros/G1)
Um
vagão abandonado recebeu as cores do grafite e se transformou em um espaço para
receber atividades culturais em Teresina.
Localizado na Avenida Marechal Castelo Branco, bairro Ilhotas, Zona Sul da
capital, o Centro Cultural foi inaugurado há um mês e oferece cursos de
informática, além de disponibilizar livre acesso à internet. No local ainda funciona
uma rádio comunitária.
A
mudança no local começou após a iniciativa de Gil Ferreira, mais conhecido como
Gil BV, e durou cerca de quatro anos para ficar pronto. “Tive a ideia em 2010
junto com alguns colegas, após observar que o vagão poderia ser usado de alguma
forma. Nessa época, ele já estava abandonado há mais de 15 anos. Fizemos uma
parceria com a prefeitura e o governo do estado para transformá-lo em um
centro. Começamos a reforma ainda mesmo em 2010, mas como não
tínhamos muita condição as melhorias foram feitas aos poucos”, explicou.
Somente
em 2014 com o apoio da Agência de Tecnologia da Informação (ATI), da Casa Hip
Hop e de vários outros parceiros a reforma foi finalizada e
agora o vagão ficou pronto. “A reforma seguiu a passos lentos, porque tínhamos
que buscar apoio e depender da vontade de pessoas e ainda do desenrolar de
projetos. A situação aqui não era muito boa, tinha muita ferrugem,
A
ideia inicial era transformar o vagão em um local para realização de cursos
ligados a área da informática e do grafite, mas hoje, com a ajuda dos
parceiros, a oferta de atividades é muito mais ampla. "O nosso
planejamento anterior era conseguir alguns computadores reciclados para oferecer cursos de
operação e manutenção no local, além do grafite, que são curso já do nosso
conhecimento”, disse.
Hoje
o vagão conta com 11 computadores, uma televisão e ainda uma rádio comunitária
toda montada. No começo de novembro o local passa a oferecer dois cursos de
informática e à tarde o espaço é aberto para a comunidade ter livre acesso à
internet.
"Estamos
com computadores de primeira linha, rampas de acesso para as pessoas com
deficiência, bebedouro e tudo grátis com o objetivo de atrair e ser uma
oportunidade para a comunidade. Agora no começo de novembro vamos dar início
aos nossos primeiros curso em parceria com o Programa Senac de Gratuidade”, destacou.
A
área em torno do vagão também vai ser modificada, de acordo com Gil BV. A ideia
é colocar um palco para atrações, plantar árvores, colocar banheiros químicos,
além de oferecer aulas de capoeira, futebol, judô e várias outras atividades
para as crianças da comunidade.
O
local funciona também como sede da Central Única das Favelas (CUFA) que em
conjunto com outros parceiros realiza atividades por toda a capital. "O
nosso objetivo é sempre reunir, agregar, oferecer uma possibilidade,
oportunidade para as comunidades, principalmente essa que tem poucas ações.
Aqui é considerado um local muito perigoso e na tentativa de oferecer uma
mudança estamos com atividades de interesse e que já coloca o aluno no mercado
de trabalho. Estamos sempre abertos para novas ideias e novas contribuições,
pois somos também os responsáveis", disse Gil BV.
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